Comentário sobre comentadores (a bola de neve)
![](http://photos1.blogger.com/blogger/3407/2921/320/blogue.jpg)
Dois dos melhores comentadores da actualidade, em Portugal, aos quais eu reconheço um elevado valor intelectual, são:
- o José Pacheco Pereira
- o Miguel Sousa Tavares
Já sabia que o Pacheco Pereira tinha um blogue, mas nunca imaginei que se tivesse iniciado no mundo da blogosfera tão cedo, em meados de Setembro de 2003 (ao que é noticiado na TSF: www.tsf.pt/...TSF129743).
As referências do Pacheco Pereira em relação à blogosfera estão nos mais variados sítios:
na Blogopedia, sendo o Abrupto o seu blogue mais conhecido.
Para os mais desconfiados, fiz um pequeno estudo para verificar a autenticidade da autoria deste blogue: fiz uma procura na TSF com a palavra "Pacheco Pereira" e encontrei muitas referências, algumas das quais às sua opiniões, bem como a referências ao seu próprio blogue.
Temos então:
- http://www.tsf.pt/online/portugal/interior.asp?id_artigo=TSF161418
- http://abrupto.blogspot.com/2005_05_01_abrupto_archive.html
Postas as referências comprovadas (conforme a figura demonstra), é de saudar, na minha opinião, que este comentador de elevada craveira intelectual contribua publicamente na blogosfera portuguesa.
Na outra vertente, temos Miguel Sousa Tavares, distinto advogado, comentador e jornalista, que comentou no Expresso da semana passada que foi alvo de calúnias lançadas por um qualquer internauta; não posso, nem devo, transcrever as calúnias escritas. Miguel Sousa Tavares exprimiu um grande desprezo (na generalidade) pela poluição provocada por espaços na Internet (como a blogosfera), dando como exemplo a devassa da sua honra pessoal.
Não pretendo com este artigo esgrimir argumentos de um lado ou de outro (respectivamente pró-blogosfera e anti-blogosfera), apenas salientar que dois conhecidos e mediáticos cidadãos portugueses, que são expoentes na apreciação político-social e cultural do nosso país, tenham opiniões tão dispares — mas é indesmentível, na minha opinião, a vantagem cultural de haver cidadãos que expõem a sua opinião válida em espaços livres, como o é a blogosfera. Em contra-peso, como vivemos numa época de fast-reading, com massificação da informação não confirmada e incapacidade crítica das massas, facilmente encontramos abusos inaceitáveis da liberdade de expressão, que poderá ficar inimputável — à distância do anonimato de um endereço IP (Wiki *).
(*) Virtualmente qualquer utilizador pode escrever num blogue sem sequer ficar registada a legitimidade do autor; na Wikipédia, por exemplo, fica no mínimo registado o utilizador ou o IP da pessoa que editou o registo; no caso de todos os blogues que eu conheço, nem sequer isso fica registado. Fica à consideração do site gestor do blogue a forma pela qual os utilizadores se registam, sendo que não é exigida qualquer comprovação de morada, de assinatura digital, ou outra forma de controlo. Fica desta forma explicada a visão mais informática da coisa, que é a que eu melhor domino neste mundo de escrita globalizada...
Na minha vida profissional sou confrontado diariamente com a necessidade de encontrar objectivos específicos para o trabalho a desenvolver. A minha intranquilidade face à blogosfera centra-se nos objectivos que se conseguem estabelecer: a meu ver, na generalidade, extremamente difíceis de explicar pelos próprios que a escrevem.
É como na teoria dos grandes números: tendencialmente o número absoluto de artigos interessantes aumenta, enquanto o número total de artigos invade os discos dos servidores que albergam os blogues em todo o mundo como uma bola de neve. A avalanche é imparável.
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